Como fazer com que a rotina de trabalho de uma empresa seja mais produtiva?
Respondido por Eduardo Ferraz, especialista em gestão de pessoas

A rotina, mesmo nas pequenas empresas, propicia uma lógica de funcionamento que é fundamental para que as pessoas possam ter um bom planejamento de seu tempo e de suas atividades. Entretanto, tudo o que é muito burocrático cansa, desmotiva e induz à zona de conforto. Para ter um dia a dia produtivo, mas sem monotonia, sugiro as seguintes dicas:

1. Seja acessível
Uma das maiores vantagens de se trabalhar em empresas de pequeno ou médio porte é a proximidade com o dono do negócio. Por isso, esteja disponível sempre que possível para se relacionar com seus colaboradores. Tão importante quanto ouvir as pessoas, é dar retorno a respeito de suas sugestões e críticas. Isso demonstra deferência e respeito.

2. Seja flexível
Estimule sua equipe a criar alternativas aos procedimentos corriqueiros. Ser flexível dá uma margem de manobra que as grandes companhias não costumam ter. Você pode, por exemplo, liberar as pessoas para fazer alguns trabalhos em casa um ou dois dias por mês ou ter um banco de horas informal em que os colaboradores possam compensar um trabalho extra com folgas.

3. Tenha momentos informais
Comemorar o aniversário das pessoas, fazer um happy hour, promover pequenos campeonatos esportivos, assistir juntos um filme inspirador, por exemplo, são ações que geram um espírito de camaradagem e reforça o trabalho de equipe. A maioria das pessoas trabalha mais disposta e motivada quando conhece o lado “humano” de seus colegas, chefes e subordinados.

4. Dê feedbacks assertivos
Ser franco e justo é muito melhor do que ser omisso e complacente, pois dá às pessoas a percepção de que o clima é agradável, mas a indolência e os maus resultados não serão tolerados. Procure dar feedbacks frequentes para todos os seus colaboradores: elogie o bom desempenho e aponte as falhas com objetividade e clareza dizendo em que a pessoa pode melhorar e os caminhos que você sugere para que isso ocorra.

5. Premie o bom desempenho
Trabalhos ou desempenhos consistentemente acima da média devem ser reconhecidos e premiados. Valorize explicitamente os indivíduos mais dedicados e comprometidos com os resultados da empresa. No começo, isso pode gerar um pouco de competição, mas, com o passar do tempo, se os critérios forem justos, essa cultura tende a se espalhar pela empresa e contaminar positivamente o ambiente de trabalho.

http://exame.abril.com.br/pme/dicas-de-especialista/noticias/5-dicas-para-empreendedores-terem-uma-rotina-mais-produtiva

Se quando você pensa em alavancar o resultado de seus funcionários o que vem à mente são aquelas campanhas enormes – e caríssimas- de motivação, pode ser que você esteja errado. É possível chegar a bons resultados usando outras moedas de troca que não o dinheiro.

Com lançamento marcado para a segunda quinzena de julho, o livro “Seja a pessoa certa no lugar certo”, de autoria do consultor de gestão de pessoas Eduardo Ferraz, deverá ajudar profissionais na trajetória do autoconhecimento – e também promete iluminar o caminho dos gestores de equipe.

“Na prática, em qualquer empresa do mundo, seja uma padaria ou uma petroleira multinacional, haverá sempre cinco principais moedas de troca com os funcionários”, explica Ferraz. A primeira delas, naturalmente, é a remuneração.

No entanto, são as outras quatro moedas que escondem uma mina de motivação para gestores que querem dar um estímulo para os funcionários e não podem buscar ajuda dos cofres da empresa. “Os únicos custos são a boa vontade e o trabalho mental”, lembra Ferraz.

A sugestões de Ferraz são bastante abrangentes, por isso, vale lembrar quanto maior o seu conhecimento sobre os seus funcionários, maior será a sua capacidade de equalizar essas moedas de troca de forma mais efetiva e mais barata.

1 Conforto

Oferecer segurança e conforto para os funcionários é uma boa alternativa para quem quer estimular a equipe sem por a mão no bolso. Se um novo projeto deverá demandar mais da equipe, por exemplo, Ferraz sugere um banco de horas informal, como forma de reconhecimento dos esforços adicionais. “Se você comunicar o funcionário que ele será recompensado, ao menos em horas, já é um grande estímulo”, afirma.
Nesse campo entra também a flexibilidade de horário e a previsibilidade de iniciativas e prazos. No entanto, tudo isso precisa não só ser comunicado aos funcionários, como deve ser valorizado na hora da contratação. “O custo financeiro dessa prática é zero e pode ser melhor explorada”, diz.

2 Aprendizado

Possibilidades de aprendizado sempre funcionam bem como uma ferramenta de troca com os funcionários – em especial os mais jovens. Mas se o caixa da empresa não tem permitido o investimento em pós-graduações e MBAs, por exemplo, a oportunidade de vivenciar outros setores e experiências pode funcionar muito bom. “Existem empresas que são verdadeiras escolas, que possibilitam o que chamo de aprendizado tácito. É importante que os gestores saibam valorizar isso”, diz Ferraz.

O chamado job rotation – que pressupõe a oportunidade de trocar de atividade dentro da mesma empresa por período pré-determinado – é uma prática barata que pode ser atendida. “Esse aprendizado informal acaba sendo muito mais valioso para os funcionários”, diz.

3 Reconhecimento

É claro que uma promoção é sempre a forma mais óbvia de reconhecer o trabalho de um funcionário. Mas a prática constante do feedback é um trabalho que só exige um maior cuidado na gestão da equipe.

O custo dessa ferramenta é apenas a boa vontade de dar retornos sinceros e objetivos aos funcionários. “Elogiar só por elogiar tira o valor dessa moeda de troca. Assim como a crítica excessiva torna ela frágil”, afirma Ferraz. “O reconhecimento é importantíssimo.”

4 Autorrealização

Quem nunca viu aqueles funcionários que não ganham uma fortuna, não têm segurança de seus cargos – que nem são altos – e ainda assim trabalham com todo o prazer? Essa sensação vem da sensação de pertencer a uma equipe que de fato faz a diferença. “Ele precisa ter essa sensação clara da sua missão”, diz Ferraz. “No caso de um restaurante, por exemplo, saber que ele fez parte da elaboração de uma receita que foi eleita a melhor da cidade, por exemplo, é garantia de que haverá mais retorno daquele trabalho.”

http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/4-formas-de-motivar-seus-funcionarios-sem-por-a-mao-no-bolso?page=1

Insatisfação com o andamento da carreira, busca por mais qualidade de vida, mais autonomia, melhores rendimentos, uma demissão inesperada ou até mesmo a necessidade de se manter na ativa durante a aposentadoria, são alguns fatores que levam as pessoas a partirem para um plano B na vida profissional.
É fundamental ficar atento, manter-se atualizado e saber se planejar, buscando alternativas que complementem sua formação atual e que possam lhe garantir o futuro, seja por vontade ou necessidade. Para quem nunca pensou no assunto, vale o alerta. Muita gente teria que ter um plano B, uma segunda opção de trabalho ou carreira, pois nunca se sabe até quando a primeira dará certo. Abaixo, seguem algumas dicas para quem pretende ter sucesso no plano B:
– Evite agir de forma precipitada – Sempre é tempo de recomeçar, mas com prudência e planejamento. É preciso estudar uma nova opção por, no mínimo, um ano antes de tomar a decisão de mudar algo drástico na carreira.
– Invista em estudos – procurar informações no ramo em que pretende atuar, treinamentos segmentados e relacionamento com pessoas que já atuam na área desejada, podem ser maneiras de identificar se você tem afinidade com a nova função.
– Carreira acadêmica – mesmo que ainda esteja trabalhando, dar aulas, palestras ou cursos, pode ser uma forma de preparar sua entrada na carreira acadêmica ou consultoria, caso tenha vocação para o ensino.
– Capital mínimo – se a opção for realmente abrir um negócio, é importante ter um capital que cubra, no mínimo, 50% do investimento. É fundamental saber também que dificilmente o empreendedor terá lucros logo no início, já que por pelo menos dois anos ele terá que trabalhar mais e fazer retiradas mínimas.
– Autonomia tem seu preço- Trabalhar por conta própria dá uma enorme sensação de controle, mas tem seus riscos. É comum, principalmente no início, uma grande instabilidade de trabalho: alguns meses muita demanda, outros nenhuma. Esteja preparado para os altos e baixos de uma carreira solo.
Uma nova carreira, que realmente tenha a ver com sua personalidade e com sua vocação, pode garantir que o plano B seja não só uma saída, mas uma realização.

Quem é mais importante para a sociedade, um professor do ensino básico ou um jogador de futebol profissional? Qual dos dois é melhor remunerado? Penso que a maioria concorda que o professor é mais importante, mas o jogador ganha mais e o motivo é simples, há muito menos futebolistas que professores. Em qualquer sociedade onde prevaleça a lei da oferta e procura, quanto mais raro for o talento de um profissional, mais bem remunerado ele será. Ser importante não garante muita coisa. Nada contra o status de ter uma profissão ou cargo “importante”, mas para a carreira de qualquer pessoa a raridade é muito mais valiosa, pois sempre haverá demanda para quem é diferenciado. Já o importante deixa muitas vezes de sê-lo quando perde o cargo.

Mas, afinal, o significa ser valioso? Uma pessoa é valiosa quando realiza um trabalho superior a média de forma consistente, independentemente da empresa em que estiver ou do serviço que prestar.

Pense em todos os prestadores de serviço que você teve até hoje _ médicos, bancários, mecânicos, secretárias, vendedores, etc. Destas centenas de pessoas, quantos foram absolutamente dedicados e usaram toda a sua competência e energia para atendê-lo de maneira impecável? Provavelmente pouquíssimos, pois a maioria das pessoas faz o mínimo necessário e às vezes nem isso. É raríssimo um profissional ser ao mesmo tempo tecnicamente excelente e realmente disposto a compartilhar esta capacidade servindo outras pessoas. Você é assim? Valemos por aquilo que entregamos, não pelo que prometemos.

Quer ser raro e valioso? Entregue mais do que esperam de você. Imagine a quantidade de pessoas que gostariam de ter o privilégio de contar com um profissional deste gabarito?

Se quiser aumentar o valor de seu passe, você deve usar toda sua capacidade e seu talento para entregar além do combinado. Ser tão competente não significa oferecer isso de graça. Essa energia e eficácia custam dinheiro e você ficará surpreso ao ver como as pessoas aceitam pagar mais caro para ter os serviços de um profissional fora de série. Quando a coisa aperta, procuramos quem faz as coisas acontecerem. Se você for assim, seus clientes, sócios, ou chefes farão o possível-e talvez um pouco mais, para mantê-lo ao lado deles.

Agindo desta forma, com o passar dos anos, além de raro e valioso se você quiser, também ficará importante!

http://www.diarioav.com.br/seja-raro-e-valioso/

Muitos gestores confundem o que significa na pratica centralizar, delegar e abdicar tarefas. No entanto, saber a diferença entre estas ações é fundamental para o sucesso na liderança de uma equipe e nos negócios.

Abdicar significa dar ordens e exigir resultados, sem nenhum acompanhamento ou apoio, abrindo mão de qualquer responsabilidade sobre o modo como são realizados os processos e tirando o corpo fora diante de problemas ou maus resultados. É a política do “Vire-se”.  Se der certo o chefe assume as glórias e se der errado a culpa é de quem recebeu a incumbência. Isso é péssimo, pois gera insegurança e desmotiva qualquer iniciativa dos subordinados em buscarem desafios, pois eles percebem que perderão de qualquer maneira.
Centralizar, por outro lado, é desconfiar de todos, fazer tudo sozinho ou dar ordens tão detalhadas que é como se estivesse fazendo ele próprio. Além disso, centralizar demais as tarefas infantiliza a equipe, pois ninguém toma a iniciativa, esperando a decisão do “grande chefe”.
Delegar é dar uma tarefa e acompanhar o processo. Significa dar autoridade e poder para alguém realizar algo, mas ser corresponsável pelos resultados obtidos, aconselhando, ajudando a tomar decisões e fazendo ajustes. Isso é bom para o funcionário, que se sente motivado e seguro, e ótimo para o gestor, que consegue formar melhor sua equipe de trabalho e ganhar tempo para dar atenção às outras prioridades na empresa.
Para qualquer negócio dar certo, mais do que nunca, o líder precisa delegar tarefas conforme a maturidade que cada subordinado tenha para executá-las. Conforme a maturidade for aumentando, aumenta-se também a autonomia, criando um clima de respeito e confiança mútua.  O líder que aprende a delegar consegue, no médio prazo, alcançar resultados muito melhores, pois usa ao máximo o que cada um tem de melhor.
Se você quer ter mais tempo para encarar novos desafios e uma equipe muito mais produtiva, delegue mais e centralize e abdique menos. As empresas precisam muito de líderes com atitudes assim!
Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas há 21 anos e especialista em treinamentos usando como base a Neurociência comportamental. Acumula mais de 30.000 horas de experiência prática em empresas de vários segmentos.  É pós-graduado em Direção de Empresas e autor do livro “Vencer é ser você”, pela Editora Gente.

Ficar sem trabalho é um momento quase sempre muito incômodo para todos nós.  Este período estacionado na carreira é um grande temor para a maioria dos  profissionais, e com razão – segundo uma pesquisa realizada pelas Universidades  da Califórnia e de Nova Iorque, os recrutadores fazem associações negativas com  candidatos desempregados, preferindo os que estão trabalhando.

O cenário no Brasil é favorável: de acordo com o Índice  Catho-Fipe, a Taxa de Desemprego de abril de 2013 foi de 5,5%, a menor  para o mês desde o início da série histórica. Por outro lado, o Índice  Catho-Fipe de Vagas por Candidato (IVC) mostrou uma relação de 0,90 vagas por  candidato em abril. Isso significa que para cada dez novos candidatos houve nove  novas vagas anunciadas.

Com a queda da taxa de desemprego, para quem é qualificado no mercado a  chance de ficar sem trabalho durante muito tempo é baixa. Desempregado, é  essencial que o indivíduo invista em educação (cursos online gratuitos é uma boa  opção), elaborando um currículo cada vez mais atraente para divulgação.

“Uma dica básica para quem está sem trabalho é que se mantenha em atividade,  seja com trabalhos freelancer, realizando cursos a distância ou  executando trabalhos voluntários, onde o profissional pode executar atividades  que acrescentem às suas competências”, recomenda Eduardo Ferraz,  consultor em gestão de pessoas.

Internet como aliada

Utilizar a internet quando se está desempregado é o mesmo caso de trabalhar  em casa, o chamado home office. A disciplina e o foco são questões  fundamentais, e aconselha-se criar uma rotina e reservar um período fixo para a  busca de uma nova oportunidade na web. Opções hoje não faltam, como os sites de  recrutamento como a Catho, área Trabalhe Conosco dos sites das empresas, além de  utilizar as mídias sociais como maneira de estreitar a rede de contatos.

De acordo com Ferraz, com a dinâmica atual do mercado, entrar por uma fase de  transição na carreira pode ser considerado normal. “Nestes momentos, não há  porque se desesperar ou entrar em alguma onda de depressão. O  networking nesta situação é muito importante, principalmente com os  colegas mais próximos e que saibam da situação real que o profissional está  passando”, explica.

É importante contatar ex-colegas de trabalho, informando que está a procura  de um novo emprego e pedindo indicações. Além disso, é interessante participar  de feiras e eventos voltados para a área de atuação do profissional. Tais  eventos são excelentes oportunidades para conhecer outros profissionais e pegar  seus contatos, aumentando as chances de ser indicado para uma vaga de  emprego.

Acomodar, jamais. A pior atitude do profissional durante o desemprego é  relaxar e esperar que as empresas o procurem, sem manter uma postura ativa na  busca pelo emprego. Este é o momento em que o profissional deve se dedicar ao  máximo, investindo ao menos 4 horas de seu dia em sua recolocação. Desta forma,  seu tempo de desemprego será bem menor em relação à concorrência.

http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/noticias/estou-desempregado-e-agora

Outro dia um amigo me pediu um conselho sobre o que deveria fazer para mudar os rumos de sua vida profissional. Há 10 anos trabalhando em uma mesma empresa, ele contou que já viu pessoas serem demitidas, promovidas, ganharem aumento e mudarem de função. Também teve vários chefes, só não viu nada acontecer com sua carreira.

 

Fui muito sincero com ele, e disse que nada acontece por acaso. Se uma pessoa está há 10 anos em uma empresa sem receber promoção, um aumento de salário ou sem receber convites para mudar de área, algo está errado.

 

Existem basicamente dois tipos de feedbacks, o positivo e negativo. Os negativos são críticas que o funcionário recebe por ter feito algo errado ou, em casos extremos, a demissão. Os positivos acontecem quando o profissional se destaca em algo e é elogiado, promovido, recebe aumento de salário ou é convidado a mudar para uma função mais desafiadora, em outro departamento, por exemplo.

 

Os feedbacks positivos e negativos são muito importantes para o crescimento profissional, já que, por meio deles, a pessoa tem uma medida de como proceder. Não receber feedbacks, para ser sincero, é muito mais grave que ser criticiado! Quando o indivíduo tem ambição, ficar muito tempo no mesmo cargo, sem saber o porquê, é muito ruim. A pessoa acaba se tornando invisível aos colegas e principalmente aos chefes.

 

O que sugiro para este amigo e para qualquer um que se encontre na mesma situação é que perguntem diretamente ao chefe imediato o que está acontecendo. “Como está meu trabalho?” “O que eu poderia fazer para melhorar?” “Em que áreas poderia me aprofundar?” Por que nunca recebo aumentos?”.

 

Se, mesmo procedendo assim e se dedicando ao máximo, perceber que você não é reconhecido e não há mais clima nem motivação, pense seriamente em mudar de empresa, já que em outros ambientes você terá novas oportunidades de se destacar.

 

Finalmente, penso que as pessoas não podem e não devem ficar tão passivas com relação à própria carreira. Se perceber que está estagnado, reaja e, se for necessário, mude para ter novos horizontes e novas perspectivas. Nunca é tarde!

 

(Eduardo Ferraz, consultor em Gestão de Pessoas há 21 anos e especialista em treinamentos usando como base a Neurociência comportamental. Acumula mais de 30.000 horas de experiência prática em empresas de vários segmentos. É pós-graduado em Direção de Empresas pelo ISAD PUC-PR e especializado em Coordenação e Dinâmica de Grupos pela SBDG. Autor do livro “Vencer é ser você”, da Editora Gente).

http://arquivo.dm.com.br/texto/gz/114860

O professor de administração em Harvard, Boris Groysberg, lançou recentemente o livro “Perseguindo estrelas” que trata da busca pelos chamados profissionais estrela – aqueles muito acima da média – fator fundamental para o aumento de produtividade das empresas. Ele ressalta que é comum procurar e fazer propostas a estes profissionais esperando que eles façam o mesmo excelente trabalho ao mudarem de empresa. No entanto, às vezes a mudança dá errado, e aquele que era considerado estrela acaba virando um cometa, pois não consegue brilhar por muito tempo, como ocorria no emprego anterior.

Fazendo uma rápida análise, isso acontece porque as culturas, valores e modo de atuação das empresas podem ser muito diferentes e quem é muito bom em uma determinada companhia pode ser um grande fracasso em outra, por tentar seguir o modelo anterior, que na prática muitas vezes servia para aquela empresa onde ele trabalhava e não na nova.É muito mais provável ter um alto índice de acerto, se a pessoa promovida for formada por anos, dentro de uma mesma cultura corporativa. Por isso, o melhor investimento de médio/longo prazo é preparar talentos, dentro da própria empresa.
Se, entretanto, sua necessidade é urgente e a decisão é a de contratar profissionais vindos de fora, seguem as seguintes sugestões para a seleção e o processo de adaptação de um novo contratado:
Invista tempo para conhecer a personalidade dos candidatos – Todo mundo deixa um rastro durante a vida e este histórico indica tendências futuras. Tudo o que uma pessoa conseguiu até agora e tudo o que espera conseguir é muito influenciado por sua personalidade. Portanto, é importante conhecer a personalidade dos candidatos a trabalhar em sua empresa.
Verifique se a personalidade do candidato é compatível com os valores da empresa – Apesar de a personalidade adquirir alguma maleabilidade com o passar dos anos, a estrutura (a base) continua sendo a mesma durante toda a vida. Por exemplo: se o candidato gosta de trabalhar sozinho e sua empresa valoriza o trabalho em grupo, não insista! O estilo dele continuará sendo o mesmo e a chance de conflitos será grande.
Identifique os pontos fortes. A inteligência e a eficiência de uma pessoa dependem de seu sucesso em tirar proveito de suas conexões mentais mais fortes. Analise quais são os maiores talentos do candidato e se estes talentos podem ser totalmente utilizados em sua empresa.
Posicione a pessoa onde ela rende mais. A genética e o ambiente geram um indivíduo talentoso à sua maneira, pela capacidade de reagir ao mundo de um jeito único. Depois da contratação, procure posicionar o novo colaborador onde ele possa usar seus talentos na maior parte do tempo. O perfeccionista gosta de organizar, o extrovertido de se relacionar, o dominante de comandar, o impaciente de acelerar.
Promova treinamentos consistentemente. Pessoas talentosas precisam de bons treinamentos para aprimorar mais rapidamente seus pontos fortes. Isso fará com que o novo colaborador entenda mais rapidamente os processos mais importantes da empresa
Ajude o novo colaborador a se ambientar politicamente. Os colaboradores mais antigos podem ficar um pouco enciumados com a vinda da alguém de fora. É fundamental que o gestor ajude a “quebrar o gelo” nos primeiros três meses, que costuma ser o período crítico de adaptação.
Estas seis ações darão a qualquer gestor, condições práticas de ajudar com que a estrela continue brilhando no novo emprego.
Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas há 21 anos e especialista em treinamentos usando como base a Neurociência comportamental. Acumula mais de 30.000 horas de experiência prática em empresas de vários segmentos.  É pós-graduado em Direção de Empresas e autor do livro “Vencer é ser você”, pela Editora Gente.

Especialista Eduardo Ferraz escreve sobre clichês que devem ser evitados por pequenos empresários

Quais são os clichês de um chefe?
Respondido por Eduardo Ferraz, especialista em gestão de pessoas

Atitudes e comportamentos inadequados, infelizmente, são muito comuns no mundo corporativo e ficam ainda piores quando cometidos por pequenos empresários. Alguns desses deslizes, dependendo da gravidade, podem destruir a reputação da pessoa e também da própria empresa. Veja cinco atitudes comuns que pegam muito mal e que devem ser evitadas:

1- Ser incoerente
Poucos comportamentos são tão desmoralizantes para qualquer líder como exigir uma determinada conduta e fazer o contrário. No mínimo, vira motivo de chacota por parte dos subordinados e, na pior das hipóteses, destrói sua autoridade. Procure manter a coerência entre seu discurso e sua prática diária.

2- Bancar o perfeito
Todo mundo possui falhas e apresenta dificuldades em realizar algumas tarefas. Não admitir ou aceitar seus erros demonstra arrogância e pode significar medo de se enxergar como realmente é. As pessoas aceitam, compreendem e admiram o líder que aceita o fato de que há pessoas mais competentes que ele em determinadas áreas.

3- Omitir informações
Liderar significa resolver problemas, mediar conflitos e tomar decisões que, muitas vezes, desagradam. Se tiver que tomar uma decisão difícil, ouça as partes, analise com frieza e decida da maneira mais justa possível.

4-  Agir com grosseria
Muitos gestores confundem firmeza com estupidez. Levantar a voz, ameaçar aleatoriamente, usar palavrões ou abusar do poder para conseguir a obediência das pessoas é uma maneira de perder respeito e o comprometimento de seus subordinados.

5- Ser egocêntrico
Assumir todas as glórias, ressaltar com muita frequência os próprios feitos e exagerar na autoconfiança causam péssima impressão, mesmo que seja verdade. As pessoas tendem a desconfiar de quem precisa, exageradamente, de aplausos. Elogios ficam muito melhores vindos da boca de outras pessoas.

Se você tem algumas dessas atitudes, procure prestar atenção no quanto elas são prejudiciais para seu negócio e, se não puder eliminá-las, diminua a intensidade com que elas aparecem. Seus consumidores, fornecedores e principalmente seus subordinados perceberão seu esforço e retribuirão com melhor desempenho.

http://exame.abril.com.br/pme/dicas-de-especialista/noticias/5-atitudes-que-pegam-mal-para-os-chefes