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O estudante de Administração Luiz Henrique Resende, tem apenas 20 anos, mas é presidente de uma firma com um faturamento de R$ 460 mil por ano. Se essa não fosse uma empresa junior, localizada dentro da PUC-RJ — especializada em Gestão e Comunicação —, talvez o jovem não estivesse tomando as decisões sem ter completado sua formação acadêmica. Mas é assim que acontece nessas instituições, onde alunos se tornam empresários e empreendedores.

— Você passa a acreditar que pode fazer qualquer coisa. Apresentei uma proposta de projeto de R$ 130 mil para uma multinacional — conta o aluno do quarto período de Administração de Empresas.

São essas experiências que enriquecem os currículos:

— O jovem que participa de uma empresa junior tem a possibilidade de ter experiências capazes de desenvolver capacidade de liderança, trabalho em equipe, oratória e negociação — explica a gerente de Desenvolvimento e Carreira da Cia. de Talentos, Bruna Tokunaga Dias.

Para isso, no entanto, é preciso fazer valer a pena, aconselha o consultor de carreiras Eduardo Ferraz.

— As empresas enxergam com bons olhos a participação nesse tipo de empresa, se o candidato provar que pôs a mão na massa. É muito positivo participar, aprender a fazer um planejamento estratégico, arriscar e empreender — diz.

Faturamento em alta

Atualmente, o Estado do Rio tem 21 empresas que fazem parte da Federação das Empresas Juniores do Estado do Rio de Janeiro (RioJunior). Segundo o presidente da entidade, Hector Muniz, de 22 anos, 600 estudantes passam por essas instituições a cada ano.

— A maior parte das empresas do Rio atua nas áreas de Engenharia e Administração. Participar de uma empresa júnior é um diferencial. Você tem uma antecipação de como funciona o mercado, e a chance de ser consultor ou presidente enquanto estuda — diz.

Em 2013, a empresa Fluxo Consultoria, da UFRJ, faturou R$ 200 mil; e a Meta Consultoria, da UFF, R$ 100 mil. Ambas são especializadas em Engenharia. A Cefet Jr. Consultoria, do Cefet-RJ, teve lucro de R$ 60 mil, atuando nas áreas de Engenharia e Administração. Para Hector, ainda há espaço para mais, e os estudantes devem aproveitar as chances e se capacitar. Cada empresa tem seus próprios processos seletivos.

Felipe Nóbrega, de 21 anos, estudava Engenharia na UFRJ quando ingressou na Fluxo Consultoria. Gostou de Marketing e foi parar na ESPM.

— Entendi o que queria fazer no futuro. Ganhei mais experiência e uma outra visão do mercado. Você é obrigado a aprender a liderar e negociar, e a ter responsabilidades — conta o diretor de Planejamento da empresa junior da ESPM, especializada em Marketing e Gestão de Negócios.