O seu trabalho tem todas as características de um emprego do sonho, com uma exceção – seu chefe. O que fazer neste caso? Em mais um dos vídeos de carreira, Eduardo Ferraz, autor do livro “Seja a pessoa certa no lugar certo”, dá alguns conselhos.
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De um lado, empresas (em algumas áreas) buscando alucinadamente novos profissionais. De outro, jovens ávidos por mudanças na carreira. O resultado é o questionamento: mudar muito de emprego mancha o currículo? Veja a respostas em mais um dos vídeos de carreira. Quem fala é o Eduardo Ferraz, autor do livro “Seja a pessoa certa no lugar certo”.
http://exame.abril.com.br/videos/sua-carreira/mudar-de-emprego-com-frequencia-mancha-o-curriculo
Publicado em: 28/02/11
Assista à entrevista do Eduardo Ferraz no programa Conta Corrente no canal Globonews. O tema foi: Dicas para rever sua carreira e ter mais sucesso.
Você já se perguntou se o que recebe (salário, renda, participação, comissão, consulta, etc.) é proporcional ao trabalho que desempenha? Diariamente, milhares de pessoas se questionam quanto à remuneração recebida pelos serviços prestados e quase todo mundo gostaria de ganhar mais. Mas será que existe algum atalho para aumentar seus ganhos?
Eu gostaria de ter essa tal “fórmula mágica”, mas em minha opinião, infelizmente, ela não existe. Pode parecer óbvia, mas minha análise é bastante simples: se você se esforça, estuda e trabalha na média das pessoas de seu ramo de atividade, receberá na média anual o mesmo que elas. Se fizer menos, será remunerado, abaixo da média e se mais, acima. É simples assim, não existe milagre, mas há maneiras de acelerar o processo.
É claro que há diversas dificuldades em se fazer mais, como a tempo limitado, falta de dinheiro para pagar os estudos, demandas da família, cansaço, trânsito, chefe chato e assim por diante. O problema é que quase todos têm os mesmos empecilhos, mas alguns produzem mais. Não estou dizendo que para ser feliz você tem ganhar mais que os outros, mas que se quiser ganhar terá que merecer. Se você tem 20 e poucos anos, imagine que sua carreira ainda durará, pelo menos, mais 40 anos! Sejamos objetivos, se você não entregar resultados espetaculares não sonhe com um grande aumento de salário, as empresas não fazem filantropia. O único caminho seguro para conquistar mais, é aumentar sua carga de esforço, trabalho, estudo, e, principalmente – esta é a dica mais valiosa que posso dar a você, – é aproveitar todo o tempo disponível para se conhecer melhor. Parece não haver relação entre o autoconhecimento e o quanto se ganha, mas explicarei na sequência.
Em mais de 20 anos de experiência como consultor em gestão de pessoas, posso afirmar que mais da metade das pessoas que já conheci não fazem idéia do que querem da vida profissional no média/longo prazo. Muitos não sabem dizer nem ao menos se gostariam de estar onde estão. As pessoas dizem: “vou tocando por aqui até achar coisa melhor”, a maioria que pensa assim não achará grande coisa.
Por isso, o ponto chave (e muito negligenciado), não só na vida profissional, mas na também na pessoal, é o autoconhecimento. Quem se conhece bem não perde tanto tempo no “chutômetro da tentativa e erro”. Aposto que você conhece gente que já abandonou o quinto curso universitário, e (ou) está no décimo emprego em 8 anos e está sempre repetindo “acho que dessa vez vai dar certo!”. Porém, novamente, ela abandona mais um curso (ou emprego) e parte para próximo. Quanta perda de tempo, energia e dinheiro!
A personalidade em um adulto muda pouco. Imagine que o seu “jeitão de ser” é um prédio: a estrutura será sempre a mesma, mas você pode mudar o acabamento (decoração, móveis, pintura) quantas vezes quiser e puder. As pergunta que lhe faço é: você conhece bem sua personalidade? Você sabe o que quer e o que não quer da vida? Se não sabe, não adianta ficar mudando de faculdade, de namorada, de empresa, de cidade e de amigos. Descubra primeiro, as suas qualidades e defeitos, pontos fortes e limitantes, o que você adora e o que você odeia fazer. Perceba quais são os seus principais talentos, e invista neles, pois fazem parte de sua estrutura e ainda podem ser melhorados (acabamento).
Se você sabe o que quer, sabe o que faz de melhor, e gosta do que faz, enxergará oportunidades que antes passariam despercebidas. Seus recursos de tempo e dinheiro serão muito melhor utilizados e você conseguirá se posicionar no lugar certo, produzindo mais, e com muito mais qualidade. Se você quer aumentar sua remuneração, só há um caminho: conheça-se bem, invista em seus talentos, estude, se esforce e trabalhe mais que os demais e haverá uma enorme probabilidade de você ser bem sucedido em sua vida como um todo!
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A motivação é um pré-requisito valorizado pela maioria das empresas na hora de avaliar seus funcionários. No entanto, poucas empresas se preocupam em oferecer ao empregados condições para que eles se mantenham motivados. Para dar algumas dicas de como motivar os funcionários, Luciana Ferreira recebe nos estúdios da Jovem Pan Online Eduardo Ferraz, consultor em gestão de pessoas e comportamento humano.
Todo bom profissional sonha um dia ser reconhecido pelo seu trabalho. Espera ser promovido, muito requisitado, famoso, ganhar mais, ajudar os outros, e às vezes tudo isso ao mesmo tempo. Entretanto, todo esse sucesso só poderá ser conseguido quando atingirmos a excelência em nossa área de atuação. Mas será que existe um jeito fácil e rápido de alcançá-la? Não, infelizmente não há!
Talento é uma aptidão para obter um desempenho melhor que a maioria das pessoas. Porém, talento sem esforço não gera resultados consistentes. A excelência só pode ser atingida por meio de um longo caminho a ser percorrido. É preciso descobrir o seu talento, e o mais importante, trabalhar duro para aprimorá-lo. O principal fator para se atingir a excelência é a “prática deliberada”.
Prática deliberada é aquilo que se faz, especificamente, para melhorar o desempenho. Ou seja, o estudo, o treinamento e a repetição, tendo como meta o desempenho impecável. O especialista supertreinado e com paixão pela atividade produz mais para si e para quem o cerca.
Segundo Geoff Colvin, autor de best-sellers e Editor da Revista Fortune, uma das principais revistas de negócios do mundo, afirma que para funcionar de verdade, a prática deliberada precisa seguir cinco fundamentos básicos:
Deve ser planejada: é preciso estudar sistematicamente as melhores técnicas que melhoram o desempenho;
Deve ser muito repetida: é o treinamento e a repetição insistente das melhores técnicas que trazem consistência;
Deve ser reavaliada continuamente: caso os resultados estejam abaixo do esperado, deve-se planejar novamente, ou utilizar mais tempo com treinamento.
Exige esforço intelectual: é necessária a busca constante da melhoria do que já está sendo bem feito. É muito importante continuar a ler, fazer cursos e aprender com quem já atingiu o topo;
Exige muita dedicação: Sucesso exige mais suor do que prazer. Infelizmente, virar referência e ser um dos melhores não costuma ser uma atividade animada e divertida. É preciso que estude, trabalhe e se prepare 50% a mais do que a média das pessoas.
Não se conhecem casos documentados (nem do mais talentoso ou genial em seu campo de ação) em que alguma pessoa tenha obtido a excelência com menos de 10.000 horas de prática deliberada. Mozart, criou sua primeira obra-prima aos 21 anos, após acumular mais de 15.000 horas de prática musical. Os Beatles, antes de ganhar a fama em 1964, já haviam feito mais de 12.000 horas de apresentações ao vivo.
Detalhe importante: Em geral, quem se aprimora naquilo que gosta tem muito mais chances de alcançar grandes objetivos. Os médicos, engenheiros, consultores, escritores, psicólogos, vendedores, ou quaisquer outros profissionais talentosos, com mais horas de prática deliberada serão sempre os melhores. Como já dizia Aristóteles, há mais de 2.300 anos, “somos aquilo que fazemos repetidamente. Portanto, a excelência não é um ato, mas um hábito”.
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É comum que grandes e médias empresas contratem hoje serviços de consultoria e treinamentos. Com isso, elas pretendem identificar falhas e “otimizar resultados”, como dizem no jargão da área.
Eduardo Ferraz, consultor em Gestão de Pessoas da In Company, explica que se incomodava com as fórmulas prontas que prometiam resultados iguais para as empresas com funcionários de perfis diferentes. Ferraz estudou ainda a aplicação da neurociência e da psicologia no dia a dia das pessoas e empresas. A partir dessas pesquisas e inquietações, decidiu escrever o livro Por que a gente é do jeito que a gente é?
Com base nas teorias de Abraham Maslow, psicólogo americano que defendia que que todo ser humano tinha cinco motivadores pessoais, Ferraz montou um pensamento direcionando para o mercado.
A adaptação do pensamento levou à conclusão que as empresas teriam quatro moedas de troca, no que se refere à motivação dos colaboradores: dinheiro, status/reconhecimento, segurança/conforto e aprendizado. “Uma pessoa equilibrada teria 25% de proporção para cada motivador, mas cada indivíduo tem necessidades diferentes”, diz.
SERVIÇO
Livro Por que a gente é do jeito que a gente é?
Autor: Eduardo Ferraz
Editora Gente
SAIBA MAIS
Encontre sua própria fórmula
O consultor alerta que as empresas devem contratar de acordo com seus objetivos e fórmulas. Se você entrou em uma empresa com uma fórmula muito diferente da sua, você não vai conseguir ficar lá por muito tempo ou a empresa não vai ficar com você. “A empresa que sabe qual fórmula tem a oferecer será muito mais objetiva na seleção das pessoas e contratará funcionários que pensam parecido”, explica.
FONTE: artigo publicado no jornal O Povo – Al – em 12/12/2010, e também no site: http://www.opovo.com.br/app/opovo/empregos/2010/12/11/noticiaempregosjornal,2075790/existe-formula-para-a-motivacao.shtml
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