Posts

São Paulo – Para muita gente, segunda-feira é sinônimo de início da maratona de uma agenda de atividades repletas de pesar.

A razão para isso, em alguns casos, é a desconexão entre o que a pessoa é e o que o trabalho dela oferece (ou permite). Se o profissional é um artista, por exemplo, provavelmente, ficará muito entediado em uma função que exija repetição.

Em outros casos, no entanto, a intermitente insatisfação passa pela falta de percepção prática de que nem tudo na vida é perfeito – nem mesmo a carreira dos sonhos.

“O emprego ideal é aquele em que 70% do tempo você faz o que adora e 30%, coisas desagradáveis”, explica Eduardo Ferraz, autor do livro “Seja a pessoa certa no lugar certo”.

Ou seja, até a melhor das situações tem também seu lado B. E cabe a cada profissional aprender a se adaptar a este fato da vida.

Algumas estratégias simples, como criar um ciclo de recompensas ou ajustar sua maneira de encarar a vida, podem ser úteis para o processo de lapidação da felicidade no trabalho. Confira:

1 Alinhe expectativas

O primeiro passo para uma semana mais plena está em colocar os pés no chão e ajustar suas expectativas com o tom da realidade.

Por exemplo, não adianta se encher de esperança de que os dias serão tranquilos se o prazo para entrega de um projeto está logo ali. Tampouco ficar ranzinza por isso.

“A vida é uma continuidade, ela não dá saltos”, diz Ferraz. “É ação e reação. A semana atual é consequência do seu histórico da semana passada, da retrasada e do mês passado”.

Ter consciência disso é a base para preparar o corpo e a mente para o que está por vir – sem stress exagerado ou frustração.

2 Questione seus caminhos

Feito isso, é hora de avaliar as coordenadas que você está seguindo para viabilizar a própria carreira. “Reserve quinze minutos do dia para pensar no que é estratégico. Você está na direção que você quer? Está fazendo algo por que escolheu?”, sugere Alex Bonifácio, autor do livro “Pense Grande”.

Ao fazer este tipo de questionamento, ele explica, é possível dar prioridade ao que realmente é importante e, se necessário, até fazer mudanças de rota. “Você aumenta o aproveitamento no longo prazo”, diz.

3 Tenha metas

Além de garantir foco, metas também oferecem o necessário senso de direção – item que contribui para a satisfação pessoal.

Isso significa que ter claros objetivos de longo prazo é essencial, mas não suficiente. Segundo os especialistas, é preciso também criar metas de curto prazo que garantam a você pequenas vitórias ao longo do processo.

“A gente tem que comemorar os pequenos avanços em todas as etapas”, afirma Mônica Latorre, da Ativar.

Assim, mesmo se a meta de longo prazo não for alcançada, você terá condições de se alegrar e minimizar a frustração.

4 Dê presentes para si mesmo

Outra estratégia para elevar os índices de satisfação é criar um ciclo de recompensas. Funciona mais ou menos assim: cada pequeno avanço em direção ao seu objetivo vale um presente ou um mimo.

“Dê a si mesmo uma massagem, um almoço em um bom restaurante, um tempo livre”, enumera Ferraz. “Somos movidos por pequenas metas, as de longo prazo podem ser frustrantes”.

5 Desafie-se

Crie o hábito de deixar a sua zona de conforto e “subir a régua”. “Nossas potencialidades são ilimitadas, a gente tem que se provocar para extrair cada vez mais do nosso potencial”, diz Mônica.

Em outras palavras, toda semana, tente se colocar em um lugar ou uma situação que nunca esteve antes. Crie desafios inéditos. “Isso nos move a querer mais”, afirma a especialista.

6 Coloque os custos no papel

“A gente presta pouca atenção nos custos invisíveis que não aparecem no balanço, mas deixam a semana pesada e o trabalho mais penoso”, diz Bonifácio.

Neste sentido, já parou para pensar no preço de reclamar de tudo ou quanto custa gastar horas em reuniões intermináveis? E o que você perde ao não compartilhar ideias ou usar o próprio potencial?

Pois bem. Antes de dar uma resposta atravessada, guardar seu talento para si por causa do medo ou perder tempo com ninharias, faça uma avaliação de custo-benefício e opte pelo caminho mais leve.

7 Lembre-se: não está fácil para ninguém

Como já dissemos, nada na vida é perfeito. Lembrar-se diariamente disso pode ajudá-lo a encarar os “poréns” do seu trabalho com menos pesar.

“Tenha a noção de que as coisas não são fáceis para ninguém, nem para quem está no trabalho mais espetacular do mundo”, diz Ferraz. Ou seja, se consola, você não está sozinho diante das imperfeições da sua carreira.

http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/7-atitudes-simples-para-ter-uma-semana-de-trabalho-feliz

Qual é o caminho para ser mais feliz no trabalho e fugir das frustrações. Ou saber quando é a hora de mudar.

 

1º Bloco:

2º Bloco:

3º Bloco:

4º Bloco:

Pequenos sucessos, como um elogio público do chefe, produzem uma sensação de alegria e situações desagradáveis, como ser repreendido, por exemplo, causam períodos de mal-estar. No entanto, o nível geral de satisfação, ou insatisfação, acaba voltando para uma linha de referência padrão, que varia de pessoa para pessoa.

Isso vale para um novo relacionamento, aumento de salário ou uma aquisição importante. Qual sua sensação após comprar um carro? Êxtase? Prazer? Orgulho? Quanto tempo dura essa euforia? Para algumas pessoas, dias, para outras, semanas. Da mesma forma, um desentendimento com um colega, ou uma briga no trânsito, podem deixá-lo de péssimo humor por um período maior ou menor.

Isso acontece porque temos um “termostato mental” que, automaticamente, regula a sensação de felicidade, ou de infelicidade, para um patamar relativamente constante. Os psicólogos chamam esse processo de adaptação sensorial. Essa tendência de sempre voltar para o mesmo nível de satisfação não se limita a acontecimentos rotineiros. Acontece mesmo sob condições mais extremas, de sucesso ou sofrimento. Uma superpromoção ou uma demissão inesperada deixaria qualquer um feliz ou arrasado. Seu termostato mental (sua configuração sináptica), porém, vai colocá-lo de volta ao mesmo patamar de antes, no máximo em alguns meses.

Isso quer dizer que há pessoas mentalmente “programadas” para sentirem-se insatisfeitas, independente do que aconteça na vida, bem como há pessoas que têm um modo de encarar a vida de maneira quase sempre positiva.

Qualquer que seja o nível de felicidade conferido por sua configuração cerebral, sempre haverá a oportunidade de aumentar a sensação de bem-estar, pois esta é, em grande parte, determinada pelo modo que você reage às situações boas ou ruins.

Para isso, sugiro três passos básicos:

1. Autoconhecimento – Como você costuma reagir a prazeres ou dissabores? Quanto tempo dura o bom ou mau humor?

2. Ajuste a interpretação – Usufrua por mais tempo as pequenas conquistas e releve os contratempos.

3. Perceba a diferença– Se você fizer isso com frequência, mudará aos poucos sua percepção sobre os acontecimentos do dia a dia.

Desse modo, ficará mais fácil controlar suas reações negativas, bem como aumentar sua sensação de bem estar. Estes pequenos ajustes o ajudarão a calibrar seu termostato mental para lidar melhor com os desafios e oportunidades que aparecem todos os dias.