Posts

Não importa a área ou a empresa, há regras implícitas que dificilmente funcionários não cumprem no ambiente profissional. Falar mal do chefe, fazer fofocas dos colegas, não interagir com a equipe ou ser preconceituoso com alguém. Isso é conhecido e faz parte daquela cartilha básica que dita “como não se portar no trabalho”. Mas e aquilo que essa ‘cartilha’ não diz? No dia a dia profissional, podemos cometer grandes erros quando achamos justamente que estamos no caminho correto. São pequenas atitudes ou falta de iniciativas que podem fazer a diferença para o funcionário. Época NEGÓCIOS conversou com Eduardo Ferraz, consultor em gestão de pessoas, e Claudia Monari, diretora da Divisão Outplacement & Career Planning da RH Career Center para revelar cinco erros que você pode cometer sem nem perceber:

Defender intensamente a empresa nas redes sociais
Seja neutro e tenha bom senso. Essas são as dicas dos consultores para a atuação e interação dos funcionários nas redes sociais. Principalmente quando a questão é defender alguma ação, produto ou decisão da empresa. Discutir com clientes ou concorrentes não é a conduta correta. “Se for para defender a empresa, a pessoa precisa ser preparada e autorizada para isso. Às vezes, ela acredita que está ajudando, mas só piora uma situação”, afirma Eduardo Ferraz. Não trata-se de ignorar as redes sociais ou as reclamações de clientes. Segundo os consultores, só é preciso ter cuidado na hora da interagir com eles. “O funcionário não pode decidir sozinho como lidar com reclamações. Se a empresa não tem uma política definida de comunicação, pergunte ao chefe e peça orientação”, diz Ferraz.

Entregar apenas o que lhe pedem
Fazer o básico do que é exigido não é ruim – mas também não trará destaque profissional e grandes chances de promoção. Segundo Claudia Monari, a melhor conduta é atuar como se a empresa fosse sua. “Assuma responsabilidades dentro da sua área de atuação e nunca ache que entregar apenas as metas é o suficiente para crescer internamente”. Explore o seu potencial e não se acomode. “Não espere que a empresa te promova antes de provar que você é capaz de ir além”, diz Claudia.

Cobrir atraso ou imprevisto do colega
Ajudar colegas e evitar que eles se deem mal é um erro fácil de ser cometido. Principalmente quando se trata de cobrir o coelga de outra área da empresa. “O funcionário aceita acreditando que está fazendo um favor, mas muitas vezes comete erros”, diz Ferraz. Os erros podem ocorrer ao atender um simples telefonema destinado ao colega ou até ao participar de uma pequena reunião que não é sua. Cobrir o trabalho do colega precisa ser exceção. No dia a dia, o que os consultores recomendam é não assumir responsabilidades que não são suas. “Se for só um acordo entre colegas, não funciona. O gestor precisa saber dos problemas e avaliar quem pode cobrir o imprevisto”, diz Claudia.

Estar sempre disponível para o trabalho
Há chances de que o gestor exija dos funcionários 100% de dedicação e comprometimento – o que é plausível no ambiente profissional. O problema é quando o funcionário precisa estar disponível fora de seu horário de trabalho e essa exigência não é algo formalizado dentro da empresa. “As pessoas precisam saber dessa obrigação antes de aceitar o emprego”, afirma Claudia. Segundo a consultora, se elas não foram informadas anteriormente não podem ser obrigadas a responder a qualquer chamado 24 horas por dia. “Agora, se essa é a regra da empresa, não cabe a ele ficar reclamando e, sim, procurar outro trabalho”, diz a consultora.

Mentir pra proteger o chefe
Não é raro que, em determinado momento do dia, o gestor peça ao funcionário alguns favores pessoais. Seja porque ele tem um compromisso fora da empresa ou ainda, em ocasiões mais pontuais, como erros no trabalho e exageros da noite anterior. Em muitos casos, o funcionário não tem como dizer não e mente para proteger o chefe. São situações pequenas e, às vezes, mentiras bobas – mas que podem prejudicar o funcionário. “Quando ele mente a alguém porque o chefe pediu, acaba assumindo um compromisso que não é dele”, aponta Ferraz. Dependendo do caso, a situação pode ser delicada e queimar o funcionário. Para não correr esse risco, o funcionário precisa se posicionar. “É necessário que ele deixe claro ao gestor como se portará e o que falará aos superiores”, afirma Claudia. É papel tanto do gestor quanto do funcionário estabelecer a ética na empresa.

http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2014/02/5-erros-que-funcionarios-nao-sabem-que-cometem-no-trabalho.html

Se quando você pensa em alavancar o resultado de seus funcionários o que vem à mente são aquelas campanhas enormes – e caríssimas- de motivação, pode ser que você esteja errado. É possível chegar a bons resultados usando outras moedas de troca que não o dinheiro.

Com lançamento marcado para a segunda quinzena de julho, o livro “Seja a pessoa certa no lugar certo”, de autoria do consultor de gestão de pessoas Eduardo Ferraz, deverá ajudar profissionais na trajetória do autoconhecimento – e também promete iluminar o caminho dos gestores de equipe.

“Na prática, em qualquer empresa do mundo, seja uma padaria ou uma petroleira multinacional, haverá sempre cinco principais moedas de troca com os funcionários”, explica Ferraz. A primeira delas, naturalmente, é a remuneração.

No entanto, são as outras quatro moedas que escondem uma mina de motivação para gestores que querem dar um estímulo para os funcionários e não podem buscar ajuda dos cofres da empresa. “Os únicos custos são a boa vontade e o trabalho mental”, lembra Ferraz.

A sugestões de Ferraz são bastante abrangentes, por isso, vale lembrar quanto maior o seu conhecimento sobre os seus funcionários, maior será a sua capacidade de equalizar essas moedas de troca de forma mais efetiva e mais barata.

1 Conforto

Oferecer segurança e conforto para os funcionários é uma boa alternativa para quem quer estimular a equipe sem por a mão no bolso. Se um novo projeto deverá demandar mais da equipe, por exemplo, Ferraz sugere um banco de horas informal, como forma de reconhecimento dos esforços adicionais. “Se você comunicar o funcionário que ele será recompensado, ao menos em horas, já é um grande estímulo”, afirma.
Nesse campo entra também a flexibilidade de horário e a previsibilidade de iniciativas e prazos. No entanto, tudo isso precisa não só ser comunicado aos funcionários, como deve ser valorizado na hora da contratação. “O custo financeiro dessa prática é zero e pode ser melhor explorada”, diz.

2 Aprendizado

Possibilidades de aprendizado sempre funcionam bem como uma ferramenta de troca com os funcionários – em especial os mais jovens. Mas se o caixa da empresa não tem permitido o investimento em pós-graduações e MBAs, por exemplo, a oportunidade de vivenciar outros setores e experiências pode funcionar muito bom. “Existem empresas que são verdadeiras escolas, que possibilitam o que chamo de aprendizado tácito. É importante que os gestores saibam valorizar isso”, diz Ferraz.

O chamado job rotation – que pressupõe a oportunidade de trocar de atividade dentro da mesma empresa por período pré-determinado – é uma prática barata que pode ser atendida. “Esse aprendizado informal acaba sendo muito mais valioso para os funcionários”, diz.

3 Reconhecimento

É claro que uma promoção é sempre a forma mais óbvia de reconhecer o trabalho de um funcionário. Mas a prática constante do feedback é um trabalho que só exige um maior cuidado na gestão da equipe.

O custo dessa ferramenta é apenas a boa vontade de dar retornos sinceros e objetivos aos funcionários. “Elogiar só por elogiar tira o valor dessa moeda de troca. Assim como a crítica excessiva torna ela frágil”, afirma Ferraz. “O reconhecimento é importantíssimo.”

4 Autorrealização

Quem nunca viu aqueles funcionários que não ganham uma fortuna, não têm segurança de seus cargos – que nem são altos – e ainda assim trabalham com todo o prazer? Essa sensação vem da sensação de pertencer a uma equipe que de fato faz a diferença. “Ele precisa ter essa sensação clara da sua missão”, diz Ferraz. “No caso de um restaurante, por exemplo, saber que ele fez parte da elaboração de uma receita que foi eleita a melhor da cidade, por exemplo, é garantia de que haverá mais retorno daquele trabalho.”

http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/4-formas-de-motivar-seus-funcionarios-sem-por-a-mao-no-bolso?page=1