Fazendo as perguntas certas e avaliando bem as respostas, a chance de acertar uma contratação aumenta muito
Imagine que sua empresa é um avião. Se a empresa for pequena, seria o equivalente a um monomotor com três lugares; se for grande, um jato com 400 poltronas. Quem está no comando desse avião deveria ter as seguintes prioridades:
1 – Embarcar as pessoas certas e desembarcar as erradas
2 – Colocar as pessoas certas nas poltronas certas
3 – Decidir junto com as pessoas certas a rota a ser seguida
Enquanto 90% das poltronas não estiverem ocupadas pelas pessoas certas, o comandante não deve ter outra prioridade a não ser encontrar as tais pessoas.
Essa metáfora, criada pelo consultor Jim Collins, resume o fator mais importante nas empresas que têm obtido ótimos resultados de forma consistente por muitos anos.
Como afirmo sempre em meus treinamentos, palestras e agora no último livro Vencer é ser você, a principal atividade dos gestores empresariais deveria ser a de dedicar, no mínimo, 30% de seu tempo, recrutando, treinando, avaliando e promovendo as pessoas.
Mas como saber qual é a pessoa mais indicada para determinado cargo?
A principal dica é: Cheque o rastro! Fazendo as perguntas certas e avaliando bem as respostas, a chance de acertar uma contratação aumenta muito. Com oito perguntas básicas já será possível ter uma boa ideia sobre o rastro ou histórico de vida do candidato à vaga. As perguntas são:
1. Resuma sua vida dos 7 aos 18 anos.
2. Resuma sua vida dos 18 anos até hoje.
3. Quantos empregos você já teve? Por que saiu de cada um deles?
4. Descreva seu histórico escolar completo.
5. Que trabalhos voluntários você fez? Descreva-os.
6. Você já foi promovido? Explique por quê.
7. Descreva seus pontos fortes.
8. Descreva seus pontos fracos.
Se prestarem bastante atenção às respostas, certamente conhecerão melhor as forças e fraquezas dos candidatos com base no histórico de vida de cada um deles.
Muitas pessoas devem duvidar que presidentes ou donos de empresas gastem tanto tempo em entrevistas. São raros, mas existem. Não que os dirigentes de companhias tenham que substituir ou fazer o papel dos profissionais de Recursos Humanos, mas sim trabalhar em total sintonia com esse departamento, participando da seleção em todos os cargos estratégicos, das dinâmicas de grupo e até da análise do que deu errado em cada contratação.
Se o líder investir seu tempo nessa análise, com certeza colocará com muito mais frequência as pessoas certas nos lugares certos.