Em março desse ano a HSM, em parceria com a consultoria Empreenda, apresentou uma pesquisa que mostrava que, para 66% das empresas entrevistadas, 2011 seria o ano mais difícil para se reter talentos. Outro levantamento, feito pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), mostrou que 69% das empresas consultadas têm muita dificuldade para encontrar mão de obra qualificada. Este quadro tende a piorar, pois se estima que, até 2015, o país precisará de oito milhões de novos empregos formais.

Como faltam profissionais experientes, as empresas estão cada vez mais ávidas por selecionar jovens dotados de habilidades como proatividade e disposição para aprender rápido. Só que, quando as empresas contratam pessoas assim, mas não os treinam e motivam adequadamente, eles partem logo para outros empregos. Culpa-se então a tal geração Y, que seria composta por pessoas entre os 20 e 30 e poucos anos, que não se contentam com nenhum trabalho por serem intolerantes, impulsivas e demasiadamente ambiciosas.

Em minha opinião, essa história de geração X, Y, e agora, Z é uma simplificação grosseira e um álibi conveniente para explicar as dificuldades das empresas em reter seus funcionários, principalmente os mais jovens. A verdade é que sempre existiram – independente do ano de nascimento, pessoas impacientes, agressivas, e que não param em lugar algum, assim como sempre existiu gente tranquila e disciplinada que passou ou passará muitos anos no mesmo emprego.

O que não havia há 20 ou 30 anos era a enorme carência de profissionais capacitados que há hoje em dia. Qualquer empresa brasileira que contratar uma pessoa competente e ambiciosa e não proporcionar oportunidades claras de desenvolvimento, vai perdê-la rapidinho! Seria um milagre, em condições de desemprego baixíssimo como é o nosso caso, se um bom profissional ficasse alguns anos esperando ser notado. Na verdade, quem tem um ótimo currículo percebe que as empresas estão desesperadas por gente assim, e usa isso a seu favor, trocando de emprego com frequência. Se, entretanto, ocorrer uma crise e o desemprego aumentar, a suposta geração Y desaparece, pois as pessoas simplesmente passam a ter menos opções e acabam  ficando mais tempo no mesmo lugar. É a velha lei da oferta e procura que continua valendo para todas as idades. Por isso, não se encontra a geração Y em lugares com altas taxas de desemprego.

Um funcionário em uma empresa, portanto, não deveria ser julgado por sua faixa etária, mas por seus talentos, atitudes e resultados. Existem pessoas mais ou menos resilientes, mais ou menos agressivas, mais ou menos ambiciosas e isso tem a ver com a personalidade delas, não com o ano em que nasceram.

Essa é uma realidade e está na hora de usar uma nova abordagem, pois o problema da alta rotatividade também é causado pelo despreparo das empresas, que não têm sabido selecionar profissionais com perfis adequados para as diferentes funções e quando os têm, não conseguem mantê-los por muito tempo.

Se os líderes quiserem resolver essa situação, terão que aprender a interpretar corretamente a personalidade de seus colaboradores, posicioná-los em funções onde possam usar seus talentos na maior parte de tempo, e treiná-los com frequência. Se você como líder fizer isso para valer, estará investindo de verdade na gestão das pessoas, o que proporcionará uma retenção muito maior (inclusive dos jovens) e um aumento considerável nos lucros.

Sem treinamentos adequados as pessoas atuam no padrão “tentativa e erro”. Cada um faz do seu jeito e os desempenhos acabam sendo pouco consistentes. Atletas de sucesso, além de possuírem um enorme talento, treinam muito. Mesmo um pianista excelente precisa de muitas horas de prática e exercícios intensivos para interpretar uma partitura de forma impecável. Profissionais de alto nível nos esportes e artes geralmente gastam 98% de seu tempo treinando ou estudando, e, no máximo, 2% do tempo se apresentando em público.

Mas, nas empresas, acontece o contrário: investe-se 2% do tempo em treinamento e 98% na execução de tarefas. É claro que, com essa proporção, haverá dificuldades para se alcançar resultados excelentes. Não há milagres. Já pensou o que aconteceria se um cantor de ópera resolvesse diminuir pela metade seu tempo de preparação e ensaios? E se um atleta interrompesse seus treinos um mês antes de uma competição importante? Você consegue imaginar as consequências?

Quando os resultados começam a piorar ou a concorrência ocupa mais espaços, as empresas tendem a se proteger tomando as medidas imediatistas, como demitir funcionários ou concluir que “falta motivação”. Então, contratam palestras motivacionais ou usam discursos repetitivos. São medidas meramente paliativas e o efeito dura pouco, já que não se treinou ninguém para valer. É como enxugar gelo!

Neste cenário, são poucos os que têm a coragem de admitir que muitos funcionários (inclusive alguns chefes) não dominam suficientemente as operações ou não sabem executar tecnicamente as tarefas mais importantes. É mais fácil culpar a falta de motivação. Convenções, discursos e palestras (eu também dou palestras) são práticas louváveis, desde que acompanhadas de treinamentos técnicos intensivos.

E se eu treinar bastante minha equipe, ganho o jogo?

Ainda não. É preciso avaliar a qualidade e os resultados dos treinamentos. Se a empresa quiser bancar um curso sobre liderança para um funcionário, é fundamental mensurar os resultados. Avalie o desempenho prático. Questione o que está sendo usado e se está dando resultados. Analise também os instrutores ou consultores. Compare o que foi prometido com o que está sendo entregue. Invista tempo e dinheiro no que realmente gere resultados mensuráveis.

Quando fizer um curso de vendas para sua equipe comercial, por exemplo, avalie os resultados numéricos antes e depois do treinamento. Funcionou? Então continue investindo. Só assim você saberá se contratou o treinamento certo.

Sem treinamentos adequados as pessoas atuam no padrão “tentativa e erro”. Cada um faz do seu jeito e os desempenhos acabam sendo pouco consistentes. Atletas de sucesso, além de possuírem um enorme talento, treinam muito. Mesmo um pianista excelente precisa de muitas horas de prática e exercícios intensivos para interpretar uma partitura de forma impecável. Profissionais de alto nível nos esportes e artes geralmente gastam 98% de seu tempo treinando ou estudando, e, no máximo, 2% do tempo se apresentando em público.

Mas, nas empresas, acontece o contrário: investe-se 2% do tempo em treinamento e 98% na execução de tarefas. É claro que, com essa proporção, haverá dificuldades para se alcançar resultados excelentes. Não há milagres. Já pensou o que aconteceria se um cantor de ópera resolvesse diminuir pela metade seu tempo de preparação e ensaios? E se um atleta interrompesse seus treinos um mês antes de uma competição importante? Você consegue imaginar as consequências?

Quando os resultados começam a piorar ou a concorrência ocupa mais espaços, as empresas tendem a se proteger tomando as medidas imediatistas, como demitir funcionários ou concluir que “falta motivação”. Então, contratam palestras motivacionais ou usam discursos repetitivos. São medidas meramente paliativas e o efeito dura pouco, já que não se treinou ninguém para valer. É como enxugar gelo!

Neste cenário, são poucos os que têm a coragem de admitir que muitos funcionários – inclusive alguns chefes – não dominam suficientemente as operações ou não sabem executar tecnicamente as tarefas mais importantes. É mais fácil culpar a falta de motivação. Convenções, discursos e palestras (eu também dou palestras) são práticas louváveis, desde que acompanhadas de treinamentos técnicos intensivos.

E se eu treinar bastante minha equipe, ganho o jogo?

Ainda não. É preciso avaliar a qualidade e os resultados dos treinamentos. Se a empresa quiser bancar um curso sobre liderança para um funcionário, é fundamental mensurar os resultados. Avalie o desempenho prático. Questione o que está sendo usado e se está dando resultados. Analise também os instrutores ou consultores. Compare o que foi prometido com o que está sendo entregue. Invista tempo e dinheiro no que realmente gere resultados mensuráveis.

Quando fizer um curso de vendas para sua equipe comercial, por exemplo, avalie os resultados numéricos antes e depois do treinamento. Funcionou? Então continue investindo. Só assim você saberá se contratou o treinamento certo.

Clique AQUI para ver a matéria no site.

 

Muitas pessoas entram e saem do trabalho todos os dias com um sorriso no rosto porque acreditam que serão promovidas. Outras tantas reclamam da falta do aumento salarial ou de um reconhecimento pelos seus esforços.

Será que as empresas estão erradas ou os profissionais é quem não estão preparados para receber um bônus?

A verdade, que vem como uma grande onda de água fria para acordar todos nós, é que o otimismo que carregamos, acreditando que tudo vai “cair do céu” é um vilão na carreira profissional. A crença extrema no favoritismo ou na sorte pode bloquear a percepção da realidade e ser a causa de muitos problemas. O consultor em Gestão de Pessoas com foco na Neurociência Comportamental, Eduardo Ferraz, revela que muitos empregados se julgam mais competentes do que realmente são, diminuindo assim a preocupação com a constante atualização profissional.

Nesse contexto, uma pesquisa realizada em mais de 200 municípios brasileiros apontou que 78% dos chefes de famílias participantes da pesquisa se sentem seguros com os atuais cargos e, destes, 35,8% estimam um crescimento profissional nos próximos seis meses. Mas os dados não conferem. A falta de mão-de-obra qualificada afeta 69% das empresas e, para driblar isso, 78% das organizações investem na capacitação necessária no próprio local de trabalho.

“O fato é que muitos profissionais deixam de se aprimorar em suas carreiras por terem uma autoavaliação distorcida”, reafirma o consultor. Na verdade, de acordo com a tese vencedora do Prêmio Nobel de Economia em 2002, do psicólogo Daniel Kahneman, as pessoas têm uma clara tendência de se acharem mais qualificadas do que realmente são.

Eduardo explica: “Esperar que o melhor aconteça em sua carreira, sem o devido esforço, é mera ilusão. Ninguém é promovido ou recebe uma proposta de trabalho maravilhosa apenas por sorte. Pensamentos positivos são importantes, mas ter atitudes realistas é essencial”. Ora, com um mercado de trabalho tão concorrido, as inovações devem ser feitas junto de muito estudo e suor. Colocar a mão na massa é de extrema importância para quem deseja vencer na vida.

E também, não é só profissionalmente que as pessoas se acham mais do que realmente são: “O ser humano é condicionado instintivamente a buscar o caminho mais fácil e tomar decisões baseadas no prazer imediato. Por isso tantas pessoas se endividam, cuidam pouco da saúde e deixam a carreira seguir por inércia”, conclui Ferraz.

E o pior é que isso só acarreta dificuldades, tanto para o indivíduo como para a empresa: “Por se julgarem mais competentes do que realmente são, muitos profissionais esperam por uma promoção, oportunidade de trabalho ou aumento de salário que não acontecem, gerando sentimentos de angústia, raiva e insatisfação”, afirma o consultor. Dessa maneira não produzem com tanta eficácia quanto poderiam e os dois saem perdendo.

O que fazer quando perceber que sua vida e suas percepções estão indo por esse rumo? Eduardo enfatiza: “Investir no autoconhecimento e ter uma análise clara de seus reais talentos faz uma enorme diferença. Aprimorar continuamente seus pontos fortes deveria ser a maior prioridade na vida de quem quer evoluir profissionalmente”. Sabemos da enorme concorrência que o mercado está enfrentando e das dificuldades no comércio. Várias empresas precisam contratar profissionais estrangeiros por falta de qualificação dos brasileiros. “Se você estuda, faz cursos de qualificação, aprimora seus talentos e é reconhecido por isso, seu otimismo na verdade é puro bom senso”, finaliza.

A dica está dada: deixar o orgulho de lado e começar a crescer intelectualmente. Cursos, especializações, pós-graduação, idiomas, a lista é longa! O currículo tem que ficar bem recheado para quando chegar a hora da mudança você ser o personagem principal e transformar o cenário da empresa. A sorte é só um dos lados da moeda.

Clique AQUI para ver a matéria no site do Vila Sucesso do Portal Terra.