A competitividade é um estimulante natural na caminhada rumo ao
almejado sucesso profissional. Porém, muitas vezes ela extrapola os limites e
prejudica a cooperação entre os colegas.
Uma dose de competitividade é saudável para o desenvolvimento
profissional. “A competição é natural e faz parte do mundo capitalista. O funil
do crescimento profissional é estreito e as pessoas precisam se destacar para
galgar novas posições”, diz Eduardo Ferraz, consultor em Gestão de Pessoas.
No entanto, sem um direcionamento adequado, a competição pode se
transformar em algo extremamente negativo. O colaborador que deixa a
competitividade de lado, por exemplo, não tem o estímulo necessário para buscar
a superação. Por outro lado, o profissional extremamente competitivo pode
provocar disputas ferozes no ambiente de trabalho.
Segundo Ferraz, a competitividade é positiva quando o
profissional joga com recursos éticos e dá o melhor de si. Por exemplo, uma posição
de gerente foi aberta. Haverá uma competição natural entre os possíveis
colaboradores capacitados para ocupar o cargo. As pessoas são diferentes e
obtém resultados diferentes, e quem apresentar os melhores resultados e, claro,
se enquadrar melhor no perfil, provavelmente ganhará a disputa.
No entanto, a competição profissional não deve virar uma disputa
irracional, com colegas focados em sabotar o outro ou mesmo ressaltando
possíveis falhas para tirar os concorrentes da frente. O foco principal da empresa,
que é o de entender e resolver as necessidades dos clientes, não pode ser
colocado de lado em prol de ambições individuais.
Quando a competição vira obsessão, todos da equipe têm a perder.
Afinal, a máxima do poeta inglês John Donne de que “nenhum homem é uma ilha
isolada; cada homem é uma partícula do continente” é extremamente válida no
ambiente profissional, já que a cooperação e o trabalho em equipe são vitais
para o sucesso da organização. “A linha entre cooperar e competir é o fio da
navalha. Quando os critérios da competição são claros e lógicos, o trabalho é
em equipe e vence o melhor”, afirma o consultor.
E como saber se você é competitivo na medida certa? “Por
tentativa e erro. Vale observar suas atitudes: você é egoísta e contribui para
um clima ruim no trabalho? Ou é muito bonzinho e todos ao redor são promovidos,
menos você? Os resultados mostram se a sua competitividade é produtiva ou não”,
aconselha Ferraz.
Para desenvolver uma competitividade produtiva, procure dar o
melhor de si em tudo o que fizer. Dedique-se à execução de tarefas e projetos,
mas destine parte de seus esforços e tempo também para aperfeiçoar suas
habilidades. Quantas horas de treinos intensos são necessárias para um jogador
de futebol realizar uma boa partida? Direcione o seu instinto competitivo para
ser melhor a cada dia. Os resultados certamente virão!
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