Sair todos os dias para trabalhar e passar o dia dentro de um escritório rodeado de outros colegas não é o desejo de todos os profissionais. Buscando comodidade e autonomia, há sim pessoas que preferem freelar, ou seja, prestar serviços sem precisar sair de casa todos os dias ou cumprir determinados horários de trabalho.

Qual destas modalidades, freelancer ou empregado fixo, tem mais a ver com você?
Quem trabalha como freela, conforme explica o consultor em Gestão de Pessoas Eduardo Ferraz, evita o estresse do trânsito, ganha mais tempo para o trabalho e para a vida pessoal, evita rotina de viagens desgastantes e tem flexibilidade de horário. Mas para usufruir dessas vantagens, precisa ser uma pessoa disciplinada, pontual e organizada. “Por estar em um ambiente não empresarial é fácil distrair-se com outras coisas e não cumprir horários, o que acaba gerando problemas para sua própria organização e para a empresa que o contrata”.

Ferraz recomenda que o freela crie uma rotina como se estivesse na empresa, separando bem os horários para as atividades pessoais e profissionais. Caso contrário pode chegar a trabalhar 18 horas por dia ou a hora que quiser. “Trabalhar com filhos pequenos em casa também pode ser muito estressante se não houver disciplina. Os filhos sabem que o pai ou a mãe está logo ali e isso pode dificultar a concentração. O ideal é ter uma estrutura adequada, com pessoas que possam dar conta das demandas do lar e combinar limites e horários.”

Já o empregado é aquela pessoa que gosta de uma estrutura formal, como hierarquia, benefícios previsíveis e que tem a intenção de seguir uma carreira corporativa. “Pessoas que gostam de trabalhar em equipe, preferem trocar ideias com vários colegas e que são muito sociáveis, certamente terão dificuldades para trabalhar em casa, como freelancer, mesmo que no curto prazo a alternativa se mostre atraente”, garante.

O consultor em Gestão de Pessoas também defende que existem quatro moedas de troca que motivam as pessoas a trabalharem dentro de empresas. São elas:

– Dinheiro: está relacionado ao salário, comissão, 13º, bônus e outros mecanismos de recompensa monetária;
– Segurança: tem relação com a estabilidade do emprego, regras claras e um bom ambiente de trabalho;
– Aprendizado: é todo conhecimento que a empresa proporciona por meio de treinamentos formais e do aprendizado informal que se adquire durante o período de trabalho;
– Status: é como a empresa proporciona aprovação social ao indivíduo: elogios públicos, promoções e reconhecimento.

Questões legais
Quando o assunto é pagamento de impostos o advogado Carlos Frederico Zimmermann Neto, professor de Direito do Trabalho e sócio do escritório Zimmermann Neto Advocacia, lembra que freela tem liberdade para trabalhar quando, onde e como quiser e, geralmente, os seus trabalhos são de curta duração. Por isto, não são empregados e não têm os direitos como horas extras, 13º salário, férias, FGTS.

“Como o freela não paga imposto, esta à margem dos benefícios sociais, como, por exemplo, aposentadoria. Porém, isso não é legal. Todos que têm uma atividade remunerada devem pagar os seus encargos fiscais e sociais, cabendo verificar na lei as hipóteses de isenção prevista na lei”, afirma.

Freelances e o mercado de trabalho
A contratação do freelancer pode ser por meio de um contrato e o pagamento em dinheiro, cheque ou depósito em conta. “Já o empregado regido pela CLT paga a sua parte no INSS e Imposto de Renda, conforme as tabelas previstas em lei. Dependendo do valor recebido o freelancer também contribui para a previdência social (o que lhe trará benefícios) e imposto de renda”, esclarece o advogado.

http://vilamulher.terra.com.br/freelancer-x-empregado-fixo-5-1-37-1105.html

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